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Milhares de mulheres são submetidas à inclusão de implantes mamários visando melhorar o aspecto das mamas anualmente. O procedimento adquiriu altos níveis de popularidade, pois os já bons resultados de antigamente melhoraram significativamente devido à modernização dos implantes e aos refinamentos na técnica cirúrgica. Numa pesquisa recente, o índice de satisfação após esta cirurgia foi de 93%, sendo que 88% destas pacientes realizaria a cirurgia novamente. Consequentemente, esta cirurgia tem sido cada vez mais destacada pela mídia.

A realização desta cirurgia pode favorecer a auto-estima e enaltecer aspectos relacionados à sexualidade e feminilidade das pacientes. Pacientes incomodadas pelo tamanho reduzido das suas mamas, cuja perda de peso e/ou a gravidez alterou a forma e tamanho das mamas, ou aquelas portadoras de assimetrias podem ser beneficiadas por esta cirurgia. Além disso, a reconstrução mamária utilizando implantes pode ser executada com excelentes resultados.

O primeiro contato com o seu cirurgiao plastico é muito iportante para o sucesso desta cirurgia. Apesar de parecer um procedimento simples, existem várias escolhas a serem consideradas e princípios que devem ser obedecidos rigorosamente. Por exemplo, fatores como as características da pele, consistência da mama, localização da incisão e o aumento desejado devem ser analisados individualmente de forma cuidadosa. Em geral, a combinação entre um cirurgião experiente, qualificado, à obediência aos princípios acima e a utilização da técnica correta maximiza as chances de um resultado satisfatório.

A Indicação e escolha deve se basear nos desejos da paciente, associados à uma cuidadosa análise do cirurgião. A aferição de medidas da largura, projeção e altura da mama no planejamento cirúrgico determinará a escolha do implante. Considerando a enorme variação das mamas existente na população, percebemos que um determinado tipo e tamanho de implante não deve ser indicado para todas as pacientes. Além disso, aspectos como o efeito de eventuais variações de peso, gravidez e cirurgias associadas devem ser claramente esclarecidos. Isto é importante porque estes fatores podem alterar o tamanho e o formato das suas mamas após a cirurgia de uma forma imprevisível.

O cirurgião deve, antes da cirurgia, Solicitar alguns exames pré operatórios à paciente, como ultra sonografia ou mamografia para investigação do tecido das mamas, visando descartar a presença de lesões suspeitas que mereçam investigação mais apurada, as vezes necessitando de uma avaliação pré operatória com um mastologista.

 

Os implantes mamários de hoje, como são?

tomica.jpg” alt=”implante-protese-redonda-anatomica” width=”359″ height=”229″ />Além do tamanho, os implantes mamários podem variar em termos da forma (redonda, natural e anatômica), características do envelope (liso, silicone texturizado e poliuretano) e material utilizado no seu interior (soro fisiológico e gel de silicone). É importante lembrar que os implantes não duram para sempre; portanto, você deve considerar que novas cirurgias no futuro podem ser necessárias. Em geral, os fabricantes recomendam a troca dos implantes a cada 10-13 anos, embora haja pacientes que mantém seus ótimos resultados por períodos mais prolongados. Não sendo mais considerado regra a sua troca.

O primeiro implante mamario de silicone foi desenvolvido em 1963, desde então a engenharia de tecidos vem promovendo melhoras na performance e qualidade destes materiais. Com a maior coesividade dos implantes, melhor revestimento, e formatos mais abrangentes a todos os tipos de mamas.

O silicone é um dos materiais mais inertes (não-reativos) utilizados na prática médica, sendo empregado na fabricação de seringas, substâncias lubrificantes e medicamentos. Na verdade, todos nós somos frequentemente expostos ao silicone durante nossas vidas. Inclusive, vários estudos recentes demonstraram que os implantes de silicone não causam doenças auto-imunes ou câncer de mama.

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De forma geral, recomendamos a utilização de um implante de gel de silicone coesivo ou altamente coesivo na primeira cirurgia. Este material normalmente confere naturalidade ao resultado final por ter consistência muito parecida com o tecido mamário. Dependendo do perfil estrutural da sua mama, podemos optar por implantes de formato redondo, natural ou anatômico, oferecendo um melhor controle do formato da mama a longo prazo, especialmente em relação ao pólo superior.

Os implantes mamários podem ser fabricados com uma superfície texturizada, lisa, ou de poliuretano. Em geral, os implantes com superfície de poliuretano e texturizada oferecem os melhores resultados a longo prazo, com menor incidência de contratura capsular.

A localização das incisões é uma das maiores preocupações das pacientes que desejam esta cirurgia. Isto é bastante compreensível, já que o aspecto das mamas é uma parte fundamental da identidade feminina. Embora nenhuma incisão possa ser considerada a melhor, observamos que a grande melhora obtida em termos de formato e auto-estima é geralmente mais valorizada do que a presença de cicatrizes. Na realidade, em termos de visibilidade após a cirurgia, a qualidade da cicatriz é mais importante do que o seu tamanho e localização.

 

O implante pode ser inserido basicamente através de três vias de acesso: Cada uma destas tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser discutidas amplamente. A escolha final dependerá da sua preferência, do formato das suas mamas, e da recomendação do cirurgião. Independentemente da técnica, o posicionamento das incisões e o nível de acabamento devem ser cuidadosos, visando tornar as cicatrizes finais praticamente imperceptíveis.

Incisão no sulco inframamário

incisoes protese mamaUtilizada devido à facilidade de acesso à mama (oferecendo um alto nível de controle durante o procedimento) e a possibilidade de utilizar vários tipos de implante. Uma incisão bem posicionada resultará numa cicatriz praticamente imperceptível.

Incisão periareolar

É posicionada exatamente na interface entre a aréola e a pele da mama.

Incisão axilar

É a incisão ideal se o objetivo principal é evitar cicatrizes na mama. Porém, esta abordagem pode ser considerada a mais difícil em termos da criação de uma loja de tamanho adequado, posicionamento preciso do implante e controle de eventuais sangramentos. Em outras palavras, esta técnica é a que mais depende do treinamento e da experiência do cirurgião.

Finalmente, vale lembrar que os implantes mamários podem ser muito úteis na correção da ptose mamária. Este fenômeno, que ocorre frequentemente após a gravidez e em casos de emagrecimento importante, caracteriza-se pela “queda” das mamas com perda do contorno estético. Isto é especialmente evidente no pólo superior das mamas. Quando não existe tecido suficiente na própria mama, o volume pode ser aumentado utilizando um implante e a flacidez de pele ajustada através de uma incisão periareolar, vertical, em “T” invertido, ou uma combinação destas. Em geral, o tamanho e tipo de cicatriz acaba sendo proporcional ao grau de flacidez presente.

 

Localização dos Implantes

 

Basicamente, o implante pode ser colocado entre o tecido mamário e o músculo peitoral (posição subglandular), entre a fáscia peitoral e o músculo peitoral (posição subfascial) ou entre o músculo peitoral e a parede torácica (posição submuscular). A escolha da técnica depende fundamentalmente da espessura da pele e da quantidade de tecido mamário disponível para cobrir o implante.

protese-de-mama-submuscular-subglandular-implante-mamarioEm geral, a colocação do implante na posição subglandular ou subfascial permite um controle mais preciso e previsível em termos do resultado final. Porém, um pré-requisito fundamental é haver tecido suficiente para cobrir o implante, já que caso contrário as bordas podem ficar visíveis e/ou palpáveis. Em pacientes muito magras com pouco tecido no pólo superior da mama, a abordagem submuscular pode evitar este problema.

Após a cirurgia, os mamilos apontarão na mesma direção de anteriormente. Qualquer correção na sua posição aumenta significativamente o risco de lesão dos nervos responsáveis pela sensibilidade e resultará obrigatoriamente em uma cicatriz visível em volta da aréola. Consequentemente, o reposicionamento cirúrgico destas estruturas só deve ser realizado em pacientes com alterações graves de posicionamento, assimetrias muito importantes ou naquelas dispostas a aceitar os riscos envolvidos.

 

A contratura capsular

Após esta cirurgia, a reação natural do corpo é formar uma membrana fibrosa chamada cápsula ao redor do implante. Normalmente, o implante descansará naturalmente no interior desta cápsula, que permanecerá fina e em repouso. Infelizmente, em algumas pacientes este tecido pode contrair, levando a mama a ficar mais arredondada, firme, apresentar bordas marcadas, uma aparência não natural e possivelmente dor. Isto pode ocorrer logo após a cirurgia ou após alguns anos e a intensidade desta resposta é variável e imprevisível.

Felizmente, fatores como a modernização do material utilizado na fabricação dos implantes, refinamento da técnica cirúrgica e utilização de medicamentos específicos diminuiram a incidência da contratura capsular significativamente. Atualmente, este fenômeno ocorre em menos de 2-4% das pacientes e o tratamento consiste basicamente da retirada do tecido cicatricial e a remoção ou troca do implante.

 

Pós operatório

Pacientes submetidos à inclusão de implantes mamários devem permanecer em repouso absoluto por cerca de 2 dias, evitando elevar os braços acima do nível dos ombros por 2 semanas. Quando utilizados, os drenos são normalmente removidos após 1-2 dias. A utilização de um sutiã apropriado por 1-2 meses é recomendada para permitir a cicatrização dos tecidos, manter o implante na posição ideal e acelerar a reabsorção do inchaço. O resultado final pode ser apreciado somente com a acomodação total dos tecidos e a reabsorção total do inchaço, que ocorrem tipicamente após 3-6 meses.

Os potos são removidos após aproximadamente 7-14 dias e o retorno às atividades físicas permitido após 1 mês. Qualquer modalidade esportiva que utilize os braços de forma intensa deve ser evitada por 2 meses. Finalmente, recomendamos o tratamento das cicatrizes durante os primeiros 6 meses, visando evitar cicatrizes escurecidas, hipertróficas e quelóides.

Após a cirurgia, todas as pacientes devem continuar realizando a prevenção do câncer de mama através de auto-exames freqüentes, mamografias regulares e consultas com o matologista. Após a cirurgia, as mamografias deverão ser realizadas por um radiologista especializado, que deverá utilizar técnicas específicas e adaptadas à presença de implantes mamários. Portanto, é fundamental que ele seja informado sobre a presença dos implantes na hora do exame.

Ate hoje os melhores trabalhos com metodologia científica sobre as próteses de silicone, têm sido originados nos Estados Unidos, onde até a década passada foi uma das cirurgias estéticas mais realizadas. É a partir de estudos do F.D.A. americano e a partir de nossa própria experiência que elaboramos o seguinte relatório.

Para maiores esclarecimentos sugiro a homepage do F.D.A.:

http://www.fda.gov/MedicalDevices/ProductsandMedicalProcedures/ImplantsandProsthetics/BreastImplants/ucm064106.htm

Procure seu cirurgião plástico para maiores informações.